COMO SURGIU O GRUPO
"CTA HISTÓRIAS"?
No início de 2023 Marco Brandemarte e Igor Colombo iniciam a escrita do livro "Araraquara: A Era dos Trólebus", e aos poucos vão convidando ex-funcionários da CTA e demais historiadores e pesquisadores em busca de fatos, fotos e documentos, gerando um riquíssimo acervo da época dos trólebus de Araraquara. Parte deste acervo está no livro e o restante disponibliizado neste site.
QUEM SÃO OS AUTORES DO LIVRO
“ARARAQUARA: A ERA DOS TRÓLEBUS”
Antonio Aparecido de Oliveira
Trabalhou na CTA de 1962 a 2007, inicialmente como cobrador de Troleibus, aos 15 anos. Posteriormente exerceu os cargos de Aprendiz de Eletricista, Operador de Subestação, Encarregado de Subestações, Técnico em Transporte Eletrificado e por fim Diretor Técnico.
Promoveu a reforma e montagem de todos os equipamentos das subestações que a CTA comprou das cidades que desativaram os troleibus (subestações 2, 3, 4, 5 e 6), incluindo a substituição de todas as ampolas a vapor de mercúrio por retificadores de silício. Foi responsável também pela retirada da subestação 1 do centro da cidade e pelo aumento de potência da subestação 2, entre muitos outros serviços executados.
Eduardo Vitor Kfouri
Engenheiro Cívil, pós - graduação em Engenharia de Transportes na USP. Trabalhou em empresas públicas e privadas: em São Paulo, Araraquara (CTA), Campinas, Paulínia, São Carlos e Hortolândia. Desenvolveu consultoria em mais de 10 cidades e empresas. Na Emdec, em Campinas, fez parte da equipe que venceu o Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito em 1995 e 1996.
Fernando Torres
Analista de Sistemas, formado em TI e em Técnico em Segurança do Trabalho, grande admirador da história do transporte público movimentado pela eletricidade, o trólebus e a Companhia Trólebus de Araraquara.
Igor Colombo dos Reis
Servidor público, formado em Logística e em Administração. Pesquisador da história dos transportes, com foco na Companhia Troleibus Araraquara e na Estrada de Ferro Araraquara.
Italo Giurizzato Júnior
Analista de Sistemas com especialização em desenvolvimento de softwares. Ingressou na CTA em 1.997 na área de TI. Com o passar dos quase 20 anos que permaneceu na empresa, participou da modernização da área bem como da informatização de setores que ainda trabalhavam na base do papel, permitindo às diretorias acesso a qualquer informação, seja financeira, contábil, jurídica ou técnica em tempo real. Posteriormente desenvolveu um sistema integrado próprio para a empresa, abrangendo todos os setores da corporação.
Jorge Françozo de Moraes
O interesse de Jorge pelos trólebus, aos seus 10 anos de idade, se iniciou quando a linha de trólebus foi implantada no bairro do Tucuruvi onde morava, na zona norte da cidade de São Paulo, em agosto de 1967. Desde então, passou a pesquisar sobre a história dos trólebus no Brasil e no mundo e em 1979 ingressou na CMTC, a companhia municipal de São Paulo que operava e administrava o transporte, através dos ônibus e trólebus.
A administração da operação do sistema de trólebus em São Paulo passou por vários órgãos. Em 1983 foi transferida da CMTC para a Eletropaulo S.A., mas em 2011, voltou para a empresa municipal SPTrans – São Paulo Transportes, sucessora da CMTC.
As atividades profissionais se iniciaram e se mantêm até hoje, vinculadas à SPTrans, como projetista e técnico das redes aéreas, porém agora como um consultor nesta área de atuação.
Paralelamente, desde os anos 80, a atuação como pesquisador e defensor dos Sistema de Trólebus se manteve até os dias de hoje e nessa trajetória, é correspondente de uma associação no Reino Unido, a National Trolleybus Association; foi um dos fundadores da APMTC – Associação de Preservação de Material de Transporte Coletivos em 1988 e em 2004, como um dos fundadores do Movimento Respira São Paulo, dando, de certa forma, a continuidade dos objetivos da associação anterior, para manutenção, desenvolvimento e divulgação dos trólebus nas cidades brasileiras. Do conhecimento, nestes mais de 50 anos, dedicados aos trólebus, foi possível produzir um livro, tentando reunir a história deste sistema no Brasil.
Em sua opinião os sistemas de trólebus devem ser mantidos, modernizados e ampliados, tomando como exemplo, o que ocorre nos países desenvolvidos e diferentemente do que observamos na história de nosso país.
Marco Antonio G. Brandemarte
Bancário, pesquisador e historiador dos sistemas de trólebus brasileiros desde 1996. Administra o site “Trólebus Brasileiros” desde 2001.
Na foto em visita ao sistema de Araraquara em 1998, junto com Manoel Pereira Fray (à esquerda) e Italo Jurisato (à direita). Detalhe também para o trólebus Grassi nr. 1.
Mauricio Fernandes dos Santos
Formado em Técnico em Eletrônica na Faculdade Logatti em Araraquara/SP. Trabalhou na CTA como Técnico em Eletrônica na manutenção dos ônibus elétricos juntamente com Manoel Pereira Fray, além de auxiliar na manutenção das subestações. Após a desativação dos trólebus continuou na CTA cuidando da parte elétrica do prédio da companhia, do Terminal de Integração e também da Rodoviária.
Em 2010 assumi o cargo de Encarregado de Manutenção da frota de ônibus diesel da CTA. Infelizmente em agosto de 2016 a CTA fechou o ciclo e nós fomos mandados embora. Após dois dias que eu havia sido dispensado fui chamado para continuar a manutenção elétrica no Terminal e no prédio da CTA, prestando serviço por uma empresa terceirizada, onde fiquei até agosto de 2022.
Roberto Aparecido Bitencourt
Na década de 1970 trabalhou como funileiro na CTA, participando da restauração dos carros que vieram da CMTC de São Paulo e também da construção do carro 21.
Bitencourt lembra que os carros da CMTC vieram rebocados de São Paulo, por cambão mesmo. Na CTA sofreram pequenos reparos internos, na parte elétrica, mecânica e eletrônica, esta última muito diferente pois foi fabricada pela Siemens. Estes carros rodavam na linha “Fonte-Estação” mais próximo da Companhia, pois caso precisassem de manutenção estariam mais próximos da oficina. Estes carros foram apelidados de “monstrinhos” pois tinham um visual diferenciado dos demais. A dificuldade na reposição de peças fez com que rodassem pouco tempo em Araraquara.
Quanto ao carro 21 construído nas oficinas Bitencourt lembra que até o chassi foi fabricado por eles.
Por fim lembra também que o carro 15 (Grassi/Villares de 12 metros) era o que apresentava melhor custo/benefício à Companhia devido suas características (apelidado de “quinzão”).